A Comunidade Ampliada de Pesquisa-intervenção
Baseado no diálogo–confrontação entre o conhecimento científico e a experiência dos(das) trabalhadores(as) acerca das questões sobre trabalho e o processo saúde-doença nas escolas, o Programa de Formação em Saúde, Gênero e Trabalho nas Escolas foi concebido como um meio para desenvolver a capacidade de compreender-transformar essas relações. A esse dispositivo sinérgico de confrontação-cooperação entre saberes – visando seu mútuo desenvolvimento na capacidade de compreender-transformar – denominamos Comunidade Ampliada de Pesquisa-intervenção (CAPI). O confronto entre saberes – da experiência prática e da ciência – só tem sentido se implicar em compromisso ético de retrabalho de ambas as partes. Tanto o conhecimento científico pode (deve) avançar a partir dos enigmas e desafios colocados pela singularidade da experiência, como a experiência pode emergir por meio do diálogo crítico com outras experiências e com os conceitos, favorecendo seu desenvolvimento e renovação, sua capacidade de intervenção e transformando-se a partir desse confronto.
Dessa forma, a constituição da Comunidade Ampliada de Pesquisa-Intervenção (CAPI) visou uma forma de produção de conhecimentos que fosse compartilhada entre profissionais da pesquisa, sindicalistas e o conjunto de trabalhadores(as) de escola (professoras, diretoras, merendeiras, serventes, vigilantes etc.) interessados(as), com a perspectiva de transformar positivamente o trabalho. Os diversos encontros da CAP foram planejados para possibilitar que a experiência – concreta, singular, de cada trabalhador(a), de cada coletivo, de cada escola – fosse compartilhada com todos e todas. Este site é um dos frutos deste trabalho.
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